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| Água doce/Foto:Vinícius Azevedo |
Pesquisadores e professores de vários lugares de dentro e fora do país visitaram o Semiárido baiano a fim de entender como é o processo realizado pelo governo brasileiro através do Programa Água Doce.
Os visitantes, entre eles o professor de química e coordenador do centro de pesquisa de água da Faculty of Agriculture, Science and Technology da North-West University (África do Sul) Mbhuti Hlope e o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (SP) Luiz Carlos Hermes, foram até a comunidade de Minuim em Santa Brígida, onde se localiza a Unidade Demonstrativa do Água Doce Bahia.
Na unidade, eles puderam conhecer o processo realizado no local para tratamento e distribuição das águas subterrâneas encontradas na regição. Os tanques concentrados onde são criadas as tilápias, que participam do processo de dessalinização, estavam em diferentes estágios de tratamento, uns estavam na época do peixamento e outros no período de despesca.
Outra alternativa que promove a sustentabilidade no programa Água Doce está se iniciando. A erva sal, retirada depois da dessalinização da água, agora está sendo vendida a R$ 0,50 o quilo para a população local. O corte da erva serve como feno na alimentação de caprinos e ovinos.
Os pesquisadores da Petrobras, Ricardo Vaqueiro, Vitor Pereira e José Carlos Santos, e da Embrapa Instrumentação de São Carlos (SP), Paulo Herrmann Junior, acompanharam também a visita a Vitrine Tecnológica produzida pela Embrapa Semiárido, onde existem 13 espécies resistentes à seca da região.
A Vitrine procura estimular o conhecimento, sendo utilizado para aulas de campo da escola do município na disciplina Práticas Agrícolas e a melhoria da produtividade agricola do Semiárido, mostrando as tecnologias sustentáveis de aproveitamento de rejeitos em sistemas produtivos locais.
Diminuição da diarreia
No Semiárido baiano, a água potável sempre foi muito escassa. Antes do programa Água Doce, mais de 500 alunos da escola local e grande parte da população bebiam água salobra, registrando um número elevado de diarreia entre a população.
Porém, depois da chegada da água potável, os casos da doença acabaram diminuindo. Como os pesquisadores puderam notar ao conversar com os moradores de Minuim. Edivaldo Caitano, operador do sistema de dessalinização, contou no dia da visita, 15 de março, que “depois que os alunos da escola passaram a beber água dessalinizada, a diarréia vem sumindo”.
Bahia e esgoto
No estado da Bahia, que sofre com a falta de saneamento básico, os números parecem estar aumentando. Segundo a Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento), o crescimento das ligações de água e esgoto de 5,4%, com 177.436, só no mês de fevereiro, foi significativo.
As ligações de esgoto aumentaram 8%, 51.341 ligações neste período e a de água cresceu, de acordo com a Embasa, 53% no número de ligações, somando 126.095 em toda a Bahia.
Fonte: Ecodesenvolvimento
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