Depois de 80 dias mapeando a situação financeira e os produtos da empresa, as duas consultorias contratadas pelo Grupo A Tarde – Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) e a Cases i Associats – iniciaram a implementação de ações para tentar salvar a empresa. A primeira delas é a reestruturação do quadro de funcionários. Desde o mês passado, A Tarde começou o processo de demissão, que deve ser concluído hoje com o corte total de cerca de 100 postos trabalho em diversos setores do grupo. O clima de apreensão na empresa nunca esteve tão forte.
Só na Redação, o coração do grupo, foram dispensados sete pessoas, número que deve aumentar com as novas demissões. Diante de tanta instabilidade, em abril outros sete jornalistas pediram demissão. Entre eles o repórter Aguirre Peixoto, demitido por suposta pressão do mercado imobiliário e readmitido por pressão dos colegas.
Mesmo com informações de mercado de que a família Simões teria recebido um adiantamento da Odebrecht pelo terreno da Tancredo Neves, a situação financeira de A Tarde é preocupante. A empresa vem atrasando constantemente o pagamento dos salários dos funcionários e suspendeu, por tempo indeterminado, adiantamentos de salário, férias e 13º. Seguir as determinações das duas consultorias é a última cartada para tentar salvar o grupo, que está ficando sem fôlego e caixa, depois de perder a liderança para o Correio e assistir, como consequência, a fuga de leitores e anunciantes.
Os próximos alvos das consultorias devem ser os produtos de A Tarde e a direção do grupo (leia-se o afastamento da família Simões da administração).
Fonte: Gente e Mercado
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