Utilizados maciçamente nas obras na Arena Corinthians, em São Paulo, os agregados reciclados vêm se tornando uma opção atraente para a construção civil. O estádio que abrigará a abertura da Copa 2014 já consumiu mais de 7 mil toneladas de entulho e, até 2013, serão empregadas mais 11 mil toneladas.
Fonte alternativa que ainda enfrenta resistência de muitas construtoras, os agregados reciclados substituem matérias-primas virgens e custam menos da metade do preço. "Resistimos muito até rastrear o produto, conferir a licença ambiental e fazer o teste prático", explica Marcio Prado, engenheiro da área de produção da Odebrecht.
Com a aprovação das áreas de engenharia e meio ambiente, Prado diz que a oferta tornou-se irresistível: em vez de desembolsar R$ 80 pelo metro cúbico de matéria-prima virgem, pagou R$ 36 pela reciclada e, de quebra, ganhou pontos com os acionistas por ter poupado a natureza.
A opção da Odebrecht pelos reciclados despertou o interesse da concorrência, a ponto de o produto já estar em falta no mercado. Nem todo entulho, contudo, pode ser reciclado como nem tudo que é reciclado pode ser reutilizado em qualquer lugar da obra. Para as sobras da construção civil a tecnologia desenvolvida vai até a utilização dos cinzas (areia, concreto, restos de blocos) e dos vermelhos (cerâmica, tijolos, cacos de telhas), considerados materiais nobres.
O fim dos lixões, previsto em lei para 2014, deve dar início ao plano integrado de gerenciamento de resíduos por parte das 5.565 prefeituras do país, o que leva as empresas recicladoras a apostar numa explosão do setor, que ainda carece de legislação específica.
Fonte: Revista M&T/Valor Econômico
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