Esses produtos e suas respectivas marcas já estão no mercado logrando os louros de um marketing verde, capaz de chamar a atenção dos consumidores por suas preocupações e ações sustentáveis. Para muitos, a sustentabilidade ainda seria um chavão, um mito disseminado apenas por manifestantes preocupados com a preservação do meio ambiente.
Para esses, a Rio 1992 foi apenas um encontro, como alguns outros, mas que não conseguiu atingir o cotidiano das indústrias, do setor de serviços, do governo e das questões domésticas do cotidiano! Na contramão desse pensamento limitante, estavam indústrias, empreendedores, pesquisadores, profissionais e comunidades, que passaram a olhar para as questões de sustentabilidade como um vetor importante para a nova economia e para a vida em nosso planeta.
Assim, a tecnologia, via fomentos para centros de pesquisas, tanto nas universidades públicas, como em departamentos de grandes indústrias e empresas, implantou novos olhares que buscavam aliar produção e distribuição à preservação ambiental, inovação de produtos, serviços e embalagens e precificação, plantação e otimização dos espaços. Esses, entre outros aspectos, foram foco de interesse e hoje apresentam seus resultados a uma população de consumidores mais aderentes aos apelos globais em torno da sustentabilidade.
Se a tecnologia é uma grande aliada, o marketing faz sua parte, pois grandes campanhas apresentam ao mercado produtos e serviços criados a partir de uma demanda sustentável – a marca apresentada passa a ser vista pelos consumidores como uma marca inovadora e “emocionalmente” ligada ao apelo de conservação do que é “nosso”: “nós”, consumidores, e “ela”, a marca, assumem um ponto comum e convergente, ambos contribuem com o planeta!
As ações de marketing verde de algumas indústrias impulsionam os seus concorrentes na criação de produtos que possam competir com os “produtos verdes” – assim instaura-se a necessidade urgente de acompanhar o ritmo do mercado – se você não fizer, o seu concorrente o fará! Cabe ressaltar que o marketing só é legítimo se o produto divulgado também for legítimo em termos de sustentabilidade – caso contrário, é apenas uma “peça publicitária”, “uma etiqueta” que se cola e descola. E enganar o mercado pode ser um grande erro e coloca em risco a reputação corporativa.
Ética e responsabilidade sócio-ambiental caminham juntas e já estão presentes na “lista de compras” de consumidores mais esclarecidos. O custo para “limpar” a imagem de uma marca no mercado pode ser muito mais alto do que investir, concretamente, na criação de produtos aderentes à sustentabilidade. As grandes marcas já sabem disso. Aliadas às comunidades e aos centros de pesquisa, as grandes marcas se empenham em trabalhar valores como transparência, respeito e credibilidade. A Natura (Linha Ekos Açaí), ao apresentar suas essências, comunica ao seu público a origem, o tratamento e o desenvolvimento do produto. O mesmo acontece com o OMO Líquido Superconcentrado e o Fusion Hybrid. Mas também podemos avaliar nas campanhas de TV: quando percebemos a Vale “falando” de seu investimento, a Petrobras e a Avon, com seu vértice para a responsabilidade social e com a campanha de prevenção do câncer de mama, é possível fazer um grande estudo analisando a comunicação dessas marcas para disseminar seus produtos e suas ações voltadas para a sustentabilidade.
Tecnologia e marketing são importantes colaboradores para uma sociedade que necessita aprender a viver, cada vez mais, com os preceitos sustentáveis. Muitos são os desafios a serem enfrentados: educação de qualidade para que as populações possam avançar em práticas conscientes em torno da sustentabilidade; produtos acessíveis do ponto de vista de preço e nível de serviço; governos que possam incentivar indústrias, empresas e universidades a inovarem neste aspecto; e o diálogo mais fértil entre nações, para que possam estabelecer marcos regulatórios para um mundo que urge de métricas que colaborem com esse pensamento.
Enquanto isso, vamos acompanhando e contribuindo para divulgar as boas práticas de indústrias e empresas que já conseguem aliar a sustentabilidade ao cotidiano da sociedade!
Fonte: Blog NEI
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