Fabricação de Papel Reciclável. Fonte: SEBRAE |
A ilha de Vitória era cercada por um extenso e bonito manguezal. A partir da década de 1950, com a implantação de grandes plantas industriais, exploração do petróleo e aumento do comércio, esse patrimônio natural começou a ser modificado.
A Grande Vitória, formada pelos municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória, concentrava, em 2004, a maior parte da população do Estado do Espírito Santo, com 1,5 milhão de habitantes. Esses sete municípios abrigavam mais da metade da população urbana do Espírito Santo, produzindo a maior parte da riqueza e consumindo 55% da energia elétrica, em uma área territorial de 2,3 mil km2 e uma densidade populacional de 617 habitantes/km2, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento da Grande Vitória aconteceu de forma desordenada. Na década de 1980, havia um grande déficit habitacional, um sistema de transporte deficiente e a degradação da qualidade do ar e das águas era evidente. Além desses problemas, Vitória convivia com a falta de espaços para construir aterros sanitários suficientes que processassem a crescente geração de lixo doméstico, hospitalar e proveniente de entulhos de obras, entre outros. Na ausência de lugar apropriado para tratamento dos resíduos, foram formados lixões a céu aberto.
Em meados de 2005, o Instituto de Desenvolvimento Integrado para Ações Sociais (Ideias), presidido por Tereza Romero, que já vinha realizando trabalhos socioambientais na Região Metropolitana de Vitória, começou a buscar o apoio de outras instituições para o gerenciamento do lixo.
No final daquele ano, parcerias foram firmadas visando implantar iniciativas socialmente sustentáveis para a construção de um sistema de gestão integrada de resíduos sólidos, com foco no reaproveitamento e na responsabilidade econômico-socioambiental.
Identificar potencialidades relacionadas à transformação de resíduos sólidos e convertê-las em oportunidades de negócios, aproveitar o potencial contido nos materiais recicláveis enterrados, possibilitando a geração de mais postos de trabalhos, e a redução dos impactos socioambientais eram as razões que motivavam Tereza Romero a manter aquela organização viva. A ausência de políticas públicas para os problemas relacionados ao lixo urbano, a falta de informações sistematizadas sobre o assunto e a pouca articulação entre os envolvidos no contexto da cadeia de resíduos, eram apenas alguns dos problemas que precisariam ser enfrentados.
Programas do Sebrae Envolvidos
Programa Capixaba de Materiais Reaproveitáveis Projeto Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Materiais Reaproveitáveis do ES;
Entidades Envolvidas
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH; Centro Federal de Educação Tecnológica; Prefeitura Municipal de Vitória; IDEIAS; Prefeitura Municipal da Serra; Instituto Marca - IMADESA; Prefeitura Municipal de Cariacica; Prefeitura Municipal de Vila Velha; Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo - BANDES;
Fonte: SEBRAE/ES
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